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Este artigo resulta de uma pesquisa desenvolvida junto aos egressos do curso de psicologiaformados na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no período de 2010 a 2017. O intuitodo artigo é analisar componentes relacionados à caracterização do(s) vínculo(s) empregatícios dosegressos que se encontram atualmente empregados, sejam em instituições públicas ou privadas.Além disso, optou-se nesta análise apenas pelos egressos que recebem formalmente remuneração oque configura uma derivação da pesquisa maior por ser composta apenas por aqueles que trabalhamna área, totalizando 78 egressos, o que representa 34% dos 228 psicólogos formados no período.Trata-se de investigação descritiva com finalidade exploratória, de natureza quanti-qualitativa.Utilizou-se um questionário online com perguntas fechadas e abertas e recorreu-se à análise doscondicionantes macro e microssociais envolvidos na trajetória dos egressos para que fosse possívelentender a dinâmica de suas carreiras em construção. Para realizar a análise do percurso profissionaldesses egressos, investigou-se a diversificação das atuações, seja no repertório de atividadesrealizadas ou no tipo e local de trabalho. A remuneração média dos egressos concentra-se na faixaque varia entre três e cinco salários mínimos (38,8%), sendo que o setor público aparece como omaior empregador (41,4%). Grande parte dos egressos possui jornadas de trabalho semanais quevariam entre 31 e 40 horas (33,8%) e costumam trabalhar na modalidade individual (31%) e/ou emequipes multidisciplinares (31%), muitas vezes ocorrendo concomitantemente. A maioria relataencontrar realização profissional, variando entre estar satisfeito (43,8%) e muito satisfeito (23,8%)no trabalho. Os dados indicam que o crescente assalariamento da profissão é marcadoconsequentemente pela diversidade de setores nos quais o psicólogo pode atuar, o que sugere novoshorizontes para a atuação desses profissionais.
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