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Ao recebermos o convite da Jociele Lampert e do Fábio Wosniak para organização desse dossiê vimos a oportunidade para ampliar o debate sobre um tema que pouco tem sido explorado no âmbito da Arte Educação contemporânea no Brasil e em diferentes países sejam ocidentais ou não. O dossiê se propôs a reunir pensadoras e pensadores que analisam as práticas artísticas LGBTI+ nas artes visuais, compreendendo desde a pintura até a performance, portanto, não elegendo uma linguagem que se constitua como única expressão dos modos de pensar/criar das(os) artistas LGBTI+. Entendemos que estas práticas artísticas são realizadas em lugares e tempos por artistas dissidentes sexuais e de gênero, orientadas(os) por diferentes abordagens que desarticulam, tensionam e provocam um debate sobre as relações entre arte e dissidências sexuais e de gênero, arte e política, arte e vida. Outro objetivo era visibilizar como estas práticas artísticas estão entrando nos contextos educativos formais e informais a partir das iniciativas de professoras e professores dissidentes sexuais e de gênero e como pensam a partir das práticas artísticas LGBTI+ uma educação dissidente, uma arte educação dissidente. Portanto, potencializar a prática das artes e seu impacto na prática educacional estabelecendo um paralelismo entre diferentes práticas, uma vez que a(o) professora(or) de artes visuais também é um artista, de modo que seu 'trabalho artístico' transcende as fronteiras dos espaços de arte tradicionais (museus, galerias) para transformar salas de aula em verdadeiros espaços de pesquisa artística.
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