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Neste artigo, busca-se mostrar como as avalições em larga escala aparecem numa grade de inteligibilidade neoliberal, operando uma cultura performativa que modela a formação continuada de professores. Metodologicamente, produz-se uma análise discursiva de inspiração pós-estruturalista, compreendendo a não linearidade e ordenação, mas os lampejos que determinados enunciados podem ter para empreender em uma perspectiva política para a formação de professores. Para tanto, construiu-se uma materialidade analítica a partir de enunciados retirados de alguns documentos que tratam da relação avaliação em larga escala e formação de professores. Esta organização de enunciados serve para mostrar como o discurso da insufi ciência do desempenho de estudantes nas avaliações incide sobre uma possível performatividade que, situada na racionalidade neoliberal, vem impactando na formação de professores. Por fi m, entende-se a difi culdade espacial de analisar o presente das políticas de formação continuada de professores, já que estão acontecendo. Assim, a conclusão constitui-se num convite para continuar a pensar os indícios de uma racionalidade neoliberal na política de formação de professores, a partir da trama que se produz entre avaliações, comparações e indicadores de um modo de controle e de performatividade docente.
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